LFS Comércio Internacional - China suspende compras de carne bovina de três frigoríficos brasileiros




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China suspende compras de carne bovina de três frigoríficos brasileiros.

Embargo temporário atinge uma da maiores unidades da JBS no Brasil, além de indústrias da Bon-Mart e Frisa.


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China suspende compras de carne bovina de três frigoríficos brasileiros

Embargo temporário atinge uma da maiores unidades da JBS no Brasil, além de indústrias da Bon-Mart e Frisa.



A China suspendeu a importação de carne bovina de três frigoríficos brasileiros nesta segunda-feira (3/3). O embargo atinge plantas da JBS, Frisa e Bon-Mart. Comunicado da Administração Geral de Alfândegas chinesa relata apenas a identificação de “não conformidades” nas unidades. O Ministério da Agricultura foi avisado, mas ainda não se posicionou.

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Carta enviada pelo governo chinês à embaixada brasileira em Pequim diz que foram realizadas auditorias remotas nos três estabelecimentos e que os especialistas “identificaram não conformidades” nas plantas em relação aos requisitos chineses para o registro. Por isso, a China decidiu suspender temporariamente a importação de carne bovina dos três frigoríficos até que medidas corretivas sejam adotadas. A medida vale para embarques realizados a partir desta segunda-feira (3/3).

“Solicita-se que o lado brasileiro instrua os estabelecimentos envolvidos a adotar as medidas corretivas em conformidade com os requisitos chineses, e encaminhe o respectivo relatório de correção após a devida verificação pelo serviço oficial.

Empresas da Argentina, Uruguai e uma da Mongólia também tiveram embarques suspensos.

A suspensão atinge um dos maiores frigoríficos da JBS, em Mozarlândia (GO). Também foram suspensos os embarques da planta de Nanuque (MG) da Frisa e o frigorífico de Presidente Prudente (SP) da Bon-Mart, cujas operações são realizadas pelo Grupo Ramax.

Salvaguardas


Em dezembro de 2024, a China abriu uma investigação para possível aplicação de salvaguardas contra as exportações de carne bovina de todos os países. O processo está em curso. O Brasil, principal fornecedor da proteína aos asiáticos, enviou respostas aos questionários do governo chinês na semana passada. Na próxima semana, a defesa da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) estará em Pequim para acompanhar os desdobramentos da ação.

Em 2024, o Brasil exportou 1,1 milhão de toneladas de carne bovina para a China. Ao todo, os chineses importaram 2,7 milhões de toneladas do produto.

As indústrias brasileiras alegam que não houve aumento abrupto das vendas e que o incremento das exportações ocorreu ao longo dos últimos 10 anos. O setor diz também que os embarques não atrapalharam o crescimento das empresas chinesas de carnes, que registram altas de 4% em produção e faturamento, em média.




Empresários do setor frigorífico, no entanto, não associam este novo embargo à investigação. Na avaliação do setor, intercorrências técnicas não são algo novo e devem ser tratadas tecnicamente. "O Brasil possui relação comercial bastante sólida com a China no comércio de carnes e isso não pode ser avaliado por algumas suspensões motivadas por não conformidades técnicas", disse uma liderança do ramo industrial.

Mesmo assim, o setor admite que a suspensão pode impactar nos negócios. Eles ressaltam a dificuldade que há para conquistar a habilitação para a China e que esse mercado é responsável por grande parte do faturamento e do equilíbrio de margens de algumas plantas. Ficar fora da lista de compras chinesa, mesmo que temporariamente, é prejudicial, diz uma fonte.

O Ministério da Agricultura foi procurado pela reportagem, mas ainda não se manifestou sobre o assunto.


Créditos Globo Rural.

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